sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Em Salvador

Cheguei exatamente no primeiro dia  de carnaval. Seria uma coincidencia boa para a maioria, mas nao para mim. Eu tinha que revisar a bicicleta, mas nao encontrei bicicletaria aberta. Cheguei pelo Ferry Boat, receoso da violencia da capital baiana. Mas Marcelo, da medicina UFBA, encontrou-me na saída  e me deu carona até sua casa.
Descansei e fiquei uns dias lá. No primeiro dia fui conhecer o carnaval baiano. Ficamos em um camarote que Fabio, amigo de Marcelo, havia conseguido.
No segundo dia o pessoal foi de novo para o trio. E eu tinha a escolha de ficar em casa ou  ir ao shopping ou, ainda, ir ver esse grande espetaculo mundialmente reconhecido que é o carnaval baiano, cheio de gente bonita, musica, dança. A escolha era obvia: é claro que eu fui assistir Avatar 3d.  Que experincia!  Está certo que ele é bem uma Dança com Smurfs, com roteiro chupado de Dança com Lobos, mas  é,de fato, uma grande experiencia cinematografica.
Sai do cinema 1 hora da madruga e nao encontrei onibus. Fui andando pela violenta salvador em dia de carnaval a procura de um carro. Ganhei uma carona até o transborder (assim que escreve?) e esperei bastante  um onibus, que me deixou na orla. De la caminhei para casa.
Descansei no outro dia (na verdade me atrasei e nao sai, fiquei por la mesmo).

Já que ja estava em Salvador, nao custava dar uma passada em Sergipe...

E fui...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Viagem das Moquecas

Depois comento as fotos.
Dunas de Itaunas acima, algum tirando foto na areia. Vilarejo do forro visitado por um ciclista que nao dança forro. é como ir em uma estaçao de eski sem saber esquiar. Abaixo, labirinto de eucaliptos, proximo a divisa 
ES/BA







































































































terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A chegada e Depois

20 e 21o dias (2 e 3 de fevereiro): passei um dia em Caraiva e aproveitei pouco. Mas Caraiva merece mais que isso e um dia e volto. Comi rodizio de sushi, conheci um pessoal gente boa. O sushimen é de BH, peguei o contato, cara gente boa. Conheci um outro cara que gosta de voar e pedalar. No dia 3 sai de manha, com dó, porque ia perder as aulas do sushimen e a festa de Sao Bras, na aldeia pataxó. No caminho, o cambio entrou na roda traseira, e um italiano me deu carona ate Arraial D´Ajuda. Acho que nao era pra eu pedalar nesse caminho, passei la 3 x e nenhuma de bicicleta. Foi otimo ter estregado. Os caras da Bicicletaria D´Ajuda deram uma geral e a Preta saiu nova. Sai de Arraial, passei por Porto ( e nao parei por la) e cheguei em Santa Cruz de Cabralia. Sem pousadas baratas por la, peguei a Balsa para Santo Andre, e fiquei em um Camping por la.
22o Dia.4 de fevereiro. De Santo André fui para Belmonte, que fica ao lado do rio Jequitinhonha. Sabia que tinha que pedalar rapido para dar tempo de pegar a lancha. Cheguei la, tomei agua de côco e picoles ( de varias frutas que eu nao conheci, como Cajá. As outras nao lembro o nome). Um rapaz ia atravessar e me deu carona (bem, nao foi uma carona. ele cobrou 20 reais). Que Doidera! A lacha pulava de rapido! Do Jequitinhonha pegamos um braço do rio atraves do Mangue, e chegamos no rio Pardo. 30 minutos de travessia, la estava Canavieiras. Fiz uma hora por la, tomei sucos (daquelas frutas novas, como Cajá), e pedalei por umas horas. Avistei uma fazendo com possibilidades. Parei, pedi agua e informacao. Chorei sobre estar escurecendo e estar cansado. Até que me encorajei e pedi para acampar por la. Foi otimo! Me deram Feijao! Muuuito bom. E que tempo que nao comia feijao! Tomei banho antes de comer, e fiquei conversando com a familia, um doce! Espero nao perder o contato. No outro dia tirei leite da vaca e claro que de tao bom que estava, me atrasei para sair.
23o Dia. 5 de fevereiro. Leite de vaca tirado ha pouco tempo. Cafe. Cuscus. Toddy. Conversa na mesa. Foi dificil sair para pedalar, mas fui. Falei que naquele dia chegaria em ilheus (no fundo eu nao acreditava nisso). Mas...cheguei! Fui me informar no posto e na padaria. Ninguem conhecia Elson. Ali, Oliveiras, pertencia a Ilheus, sera que eu tinha que pedalar mais? Na padaria conheci Mariana, que me hospedou.
24o Dia. 6 de fevereiro: Cheguei mesmo! Fui procurar o endereço de Elson, colega da medicina. Achei uma casa com a descricao exata que ele deu. Mas um senhor disse que nao era ali. Ferrou, vou ter que pedalar ate Itabuna. MAs...ao falar que eu estava viajando de bicicleta, o senhor falou: ah! voce está procurando o Neto, ele está aqui sim. Está dormindo! Eu pulei muito enquanto iam tirar o cara do seu sono de ferias. Conheci sua familia, sua mae linda, o Tonhao, comprei camisa,comi demais e descansei. O proximo dia seria especial.
25o Dia. 7 de fevereiro. Dia de Limao. Bom demais ver limao pela webcam , no seu aniversario. Passamos a tarde teclando (Neto tinha que namorar tambem, entao tive que devolver o computador). Conheci neste dia o pai de Neto, professor de fisica. Ele me explicou o segredo das ondas.


Já que cheguei em Ilheus...por que nao ir para Salvador?
26o Dia. 8 de fevereiro. Parti cedo, e a camara traseira estava totalmente vazia. Enchi com a bomba manual e depois em um posto. Peguei uma otima pista em direcao a Itacaré. Estava indeciso se iria direto para Camamu ou para Itacaré e , passando pela peninsula, conheceria Barra Grande e de la pegaria barco para Camamu. Praias ajudam no pedal, refrescam. Entao pedalei ate Itacaré. Infelizmente nao pude conhecer as praias, ja estava escurecendo. Peguei uma canoa para atravessar para ir para Barra Grande. Que erro. As pistas seria divertidas se eu tivesse tempo de sobra, mas nao tinha. Estrada de chao, com areia e grandes ( e fundas) poças de água) .Tinha que chegar em Barra Grande aquele dia. Mas estava muito, muito longe. Pedi para acampar para uma senhora, que me permitiu. Na casa só viviam mulheres (3) e crianças, MUITAS crianças. E as mulheres estava gravidas. E tinham caes, MUITOS. Filhotinhos tambem. Acho que ate a cachorra estava esperando. Fiquei assistindo novela com o pessoal, as horrivel Tempos Modernos e Isa TDK ( que era a preferida deles). Ganhei um pratao com arroz, carne cozida e legumes. Dormi na barraca.
27o Dia. 9 de fevereiro.Levantei, guardei barraca e fui pedalar- na verdade empurrar - a bicleta pelas subidas de terra. Quando acampo- e principalmente quando nao tomo banho - e como se eu estivesse pedalando logo depois de pedalar o dia interior inteiro. Parece que nao houve descanso. Pedi agua a um moço que cortava tijolos e ele e me fez uma surpresa: o asfalto estava perto . Pensei que minha escolha ruim atrasaria muito meu caminho, mas nem tanto. Faltava cerca de 200 Km para o Ferry Boat, o que estava dentro do previsto. Claro entao que fiz uma hora no lanche, ai sim atrasei bastante. Deveria chegar em Camamu no dia anterior, mas só cheguei na cidade quase as 17 horas. De lá deu para pedalar para Igrapiuma e depois para Ituberá, de onde eu teclo e onde estou em pousada. Depois de amanha devo pegar o Ferry Boat para Salvador.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

1o DIA (15/1):Comi moqueca capixaba na orla da praia do morro. Pedalei ate Vitoria. Dormi muito bem entre uma caixa d´agua e uma caixa de alta tensao.

2o DIA (16/1):De Vitoria a Serra, na Barra do Sahi. O sol está castigando, impossivel pedalar de 11 as 15 feliz. Em uma estrada de chao alcancei a barra do Sahi la pelas 23 horas. Havia uma convençao de motoqueiros mas fui direto para o camping e dormi.
3o e 4o DIAS (17 e 18/1):.Conheci o Projeto Tamar e a Cidade de Regencia, onde encontrei a Funbuca e a Foz do Rio Doce. É um lugar para se voltar. Fiquei um dia para curtir a vila. Amanha atravesso o Doce de barco.
5o Dia (19/1):: atravessei o rio Doce e conheci um casal de educadores ambientais q estao pedalando pela america latina. Pedalei com eles e ficamos em Pontal do Ipiranga. Depois escrevo mais sobre la. Acampamos atras de um quiosque e dormimos de frente para o mar.
6o Dia (20/1):. Atravessamos o maior mangue do Estado do ES, e pousamos em Barra nova.
7o Dia (21/1):: Estou em guriri agora, e deixei a preta na bicicletaria pra trocar os raios. La pelas 17 horas prossigo pedalando pra conceicao da barra, e para atravessar outro rio.

8o Dia (22/1) Pousei em Sao mateus. Achei finalmente um itau. e comi acaraje.
9o-11o Dia (23 ,24 e 25/1):: Conheci e fiquei em Itaunas. Lugar bonito demais. Pena que nao vi o teatro de bonecos do casal de ciclistas educadores ambientais. No dia 25 descansei no Riacho Doce: Divisa do Espirito Santo e Bahia!

12o Dia (26/1): Pedalei o dia inteiro na praia. Vento contra. Cansa Bem. Sai da praia procurando estrada e me arrependi. Um senhor me deu informacoes dizendo para voltar para a praia. e me ofereceu almoco! Muuuuuito boa a comida. Descansei ate as 15 e 30 , passei sob o mangue em uma ponte que parecia a " ponte do rio que cai" das olimpiadas do Faustao. Lentamente,passei por ela. o cachorro do moço me seguiu um bom pedaco, e ate me ajudou na travessia de um rio , me mostrando por onde atravessa-lo, Com dor no coracao tive que espantar o meu amigo. Se nao fizesse isso, ele me seguiria ate Mucuri. Espero que tenha voltado bem. tirei uma foto dele de recordacao. Hoje durmo aqui em Mucuri. O meu destino é distante Teixeira de Freitas (100km), nao sei se consigo. Nao é uma cidade litoranea, é apenas minha passagem. e o caminho nada agradavel: Br 101. Estou com muita saudade do meu limao, mae, pai, tia, lucas, renata, alan!
13o Dia (27/01) Nao fui para Teixeira de freitas, pedalei para nova viçosa. Peguei a primeira chuva, muito forte. De Nova Viçosa peguei um salgado barco (R$50!!) até uma ilha. Atravessei a ilha pedalando e empurrando. Ganhei côco no caminho, e do outro lado peguei outro barco para Caravelas.De Caravelas fui no asfalto até Alcobaça, cheguei a noite, e estava tudo deserto.

14o Dia (28/01) Sai de Alcobaça e preguiçosamente pedalei ate Prado, 20 km. Parei em um lugar e conheci umas frutas novas, mas ja esqueci o nome. Peguei o telefone para comprar as mudas (nao sei como vou explicar que planta que é, sem o nome). Daqui vou para um lugar com nome esquisito, talvez pouse la, ou sendo otimista, em Caraiva.


15 e 16o dias (28 e 29). Cumuruxatiba é nome do lugar. O caminho é MUITO bonito, cheio de praias e riachos, como varios sobe - e-desce, que eu e Wagner na viagem pra Guarapari aprendemos a chamar de laçadas. Depois de um tempo a paisagem se repetia: Descida, riacho, subida, pasto com bois, descida, lago, subida e pasto com bois. Isso umas 7 vezes. Nao cheguei em Cumuru. Estava escuro, pedi informacoes a um caseiro (Adriano) e acabei ficando por la. Um casao cheio de bichos, tinha uma macaca que dormia na cama, e eles criavam carneiros.. De la,no outro dia, fui para Cumuru, perguntei quanto faltava para Caraiva e me disseram 15 km. Fui esperando isso, mas no caminho descobri que eram mais de 50 km. Desanimado, sentei em um riacho, atacado por mosquitos, comi 4 latas de sardinha e fiquei matando formigas por afogamento. Levantei e pedalei mais um pouco, pedi informacoes e me falaram para perguntar mais a frente, para o pessoal da reforma. Fui esperando chegar em uma casa sendo reformada. Ate que encontrei um moço que vendia côco. Era um assentamento da Reforma Agraria. Pedi para acampar e ele providenciou o espaço: a igreja. Juntei os bancos e dormi na igreja do assentamento.

17o Dia (30 de Janeiro) Ney, do assentamento, e Carlao, um amigo dele, me levaram de jangada por um atalho no mangue. Pouparam 30 km. Foi fantastico ficar equilibrando a bicicleta naquela jangada furada. Ney ia empurrando e Carlao direcionava. Eu tentava fotografar segurando a bicicleta. Ficamos um tempo no rio, depois voltei a pedalar e ja tinha saido na estrada com as placas de pousada. Corumbau estava proximo. Quando cheguei fiquei conversando com um pessoal do ES, me ofreceram uma porçao. Depois o dono de um restaurante em que pedi informacao me ofereceu comida. Claro que eu aceitei o arroz com feijao peixe e salada.Atravessei o rio pechinchando com o barqueiro. De la fui pedalar pra Caraiva. 12 km. Pouco. Mas 6km eram empurrando a bicicleta carregada na areia fofa. Mas no caminho uma camionete do governo que dava carona para indigenas parou e me ofereceu tb o transporte. fui segurando com custo a bicicleta em cima da camionet para nao cair nas criancas, por 6 km. Alguem me perguntou se eu queria um caminho para evitar a aldeia. Eu disse: aldeia? tem aldeia? claro que eu nao quero evitar! E Foi para la que fui, A Aldeia dos Pataxó, em Barra Velha, conheci Ibe e Sanawe, o samba e a comida dos Pataxo. Eu iria para Caraiva depois do Samba, mas dormi na Aldeia.


18o Dia (31) . Os Kayãbás estavam escassos, mas o manguti delicioso dos Pataxós salvaram o dia. Nelinda, a mae, fez moqueca no côco. Sanawe´, meu amiguinho de 7, 8 anos, me explicava cada semente usada no artesanato. Pedi para ele dançar o Auê, dança dos Pataxo. " Aue eu nao sei, mas eu sei dançar Michael Jackson". Ri muito! Assisti picapau com as crianças. E dormi um tanto. Mais a tarde despedi de todos, Ibe havia chegado do forró, e eu parti para Caraiva. Despedir-me do eu amiguinho Sanawe foi dificil, ele ,que falava tanto, ficou la na rua caladinho. Voltei para dar-lhe um abraço. Rapidamente cheguei em Caraiva, e fiquei em um camping.

19o Dia (1o de fevereiro). Faltam 6 dias para o aniversario da Alessandra, e fiquei triste de ver que nao poderei estar em Minas. Fui de onibus para Arraial para buscar mais kayãbás no Itau. Nunca existe um pertinho de mim. O caminho foi interrompido por Pataxos em um protesto justo, sobre a cobranca daprefeitura sobre a frequencia do turistas nas praias. 15 reais soh para entrar na praia! Fiquei um tempo ali e depois baldiei para Arraial da ajuda, onde peguei os kayãbas e mandei o fax para a matricula na faculdade. Perdi o onibus das 11, mas as 16 pego o outro de volta para Caraiva e para o prossseguimento da viagem de pedal.